segunda-feira, 23 de maio de 2011

Meio Ambiente e Poluição

Durante milhões de anos, o efeito estufa proporcionou condições para manter o planeta Terra aquecido e sua temperatura estável, o que tornou possível a vida neste planeta. No entanto, com as altas taxas de emissão de CO2 e metano, a Terra tem aquecido demasiadamente.
            Desde a Revolução Industrial até os dias de hoje, os níveis de CO2 vem aumentando consideravelmente acompanhando o desenvolvimento do processo industrial e o crescimento do consumo de combustíveis fósseis. Para se ter uma ideia, no período pré-industrial, o nível de gás carbônico era de 280 partes por milhão e hoje é 30% maior, o que gera, conforme apontado no parágrafo anterior, um aquecimento exagerado do planeta.
            Hoje, nos deparamos com uma grave situação: o problema do lixo urbano. Ao longo do tempo, os seres humanos acostumaram-se com as vantagens trazidas pelo avanço tecnológico, sem se preocupar com os refugos gerados por ele. Com isto, fomos nos tornando cada vez mais consumistas e dependentes das facilidades da vida contemporânea. Diante de tantas facilidades não nos demos conta dos resíduos que foram se acumulando, como por exemplo, as embalagens descartáveis, efluentes domésticos, industriais e a emissão de gases que atingem a atmosfera provocando o efeito estufa.
            O destino final do lixo nos aterros sanitários tem produzido, com a decomposição desse material, enorme quantidade de gás metano. “Os aterros sanitários em todo o mundo produzem aproximadamente 40 milhões de toneladas de gás metano por ano”.[1]
            O gás metano tem efeito mais devastador do que o gás carbônico no que tange à retenção de calor na atmosfera, chegando a ocupar a terceira posição como causa do efeito estufa no Brasil.
            Com esse aumento considerável da temperatura, aproximadamente entre 0,4  e 0,7 graus no século XX[2], o clima do planeta tem sofrido alterações, alguns fenômenos, antes raros, agora tem se tornado frequentes. Para exemplificar, pode-se citar o furacão Catarina que ocorreu no Sul do Brasil provocando muitos estragos. [3] Desde 2004, o sul do Brasil vem sofrendo com a falta de chuva e consequente crise no abastecimento de água – no final do mês de abril e no início do mês de maio de 2009 os jornais noticiaram o racionamento de água em algumas cidades, como Erechim, por exemplo, e o nível baixíssimo de água nas Cataratas do Iguaçu. Conforme citado no jornal O Globo “nesta terça-feira, [28/04/09] o volume de água nas Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, na região oeste do estado, era cinco vezes menor que o normal. Em dias normais, o volume de água registrado é de 1,5 mil metros cúbicos por segundo”.[4]
            Santa Catarina amargou prejuízos consideráveis entre 2004 e 2006 acumulando um déficit de R$ 1.442.000.000 na lavoura. No Rio Grande do Sul, o prejuízo foi ainda maior perfazendo um total de 3.000.000.000.
            A região Nordeste do Brasil também vem sendo penalizada pelas mudanças climáticas e os eventos extremos da natureza. Essa localidade já sofre com a falta d’água em muitas épocas do ano (agravada por conta da agricultura, pecuária e produção de lenha desordenadas que vem gerando um aumento da desertificação no local) e, quando chove, o índice pluviométrico é altíssimo, causando enchentes e muitos estragos.
            Tendo apresentado um panorama da situação climática no Brasil não podemos perder de vista que o problema abrange o planeta como um todo e vários países têm sido acometidos por eventos semelhantes e ainda mais catastróficos, como exemplo dos Estados Unidos, região de Nova Orleans, que sofreu muito em função do furacão Katrina (2005).
            Uma das consequências mais conhecidas do aquecimento global é a diminuição do gelo do planeta. De acordo com Francisco Aquino, pesquisador da UFRGS, se o nível de emissão de gases continuar seguindo o padrão do século passado o nível dos mares poderá aumentar 80 cm em 80 anos[5] levando ao desaparecimento de inúmeras cidades litorâneas, ilhas e até países inteiros.[6]
            O prognóstico para esse século, caso não sejam tomadas medidas sérias para conter o aquecimento global, não é nada animador. Na hipótese de a temperatura da Terra aumentar dois graus, o que parece ser bem possível, morreriam metade dos recifes de corais do mundo, milhares de espécies poderiam ser extintas e grande parte do gelo da Groenlândia derreteria.



[1] PRADO, Marcos. Lixo. In Estamira. Europa Filmes, 2007.
[2] De acordo com Carlos Nobre, pesquisador do Inpe. Ver  Greenpeace .Mudanças do clima. Mudanças de vida. Videolar, 2006.
[3] Fenômenos que tem preocupado bastante os cientistas porque o Atlântico Sul não era um área de ocorrência dessas intempéries.
[4] http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/04/28/estiagem-afeta-as-cataratas-do-iguacu-755480834.asp
[5] Ver Greenpeace. Mudanças do clima. Mudanças de vida. Videolar, 2006.
[6] Em Recife, as praias já encolheram mais de dois metros em dez anos. Ver Greenpeace. Mudanças do clima. Mudanças de vida. Videolar, 2006.

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